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USAR COR SEM MEDO


Ano Novo. Vida Nova… bom talvez não tanto! Mas sim planejamento novo. Planejamento novo… portanto algumas coisas que entram, outras que saem, muitas que ficam. E o que sem dúvidas vai ficar é a Oficina da Cor “Usar Cor sem medo”. E pensando nisso vi que nunca expliquei por aqui o porquê do “Usar Cor sem medo”.


Para isso vou lhes contar como fiquei abismada estes dias vendo a minha filha Manuela de 2 anos e meio aprender a nadar sozinha de boia de braços na piscina. O primeiro dia ela achou divertido mas se queixou de que a água estava fria e logo quis sair. Nos dias seguintes foi se animando a mexer pés e braços, prestava mais atenção quando dizíamos “Manuela, fica de boca fechada na água” e a água já não parecia tão fria. Até chorava para sair da água com os dentes estalando. Logo depois ela começou a prestar atenção no que acontecia ao redor dela e foi então que viu o irmão mais velho “fazer bomba” na piscina e nós estimulamos ela a intentar. Claro, ficamos esperando de braços abertos para pegar ela na água imediatamente que entrou nela. E sempre… com as boias de braço, claro! O que não posso lhes dizer é quantos (mas quantos!) pulos de “bomba” ela fez. Era um, e outro, e outro, e outro. Incansável. E foi assim que nas idas até a escada para sair da piscina e dar mais uma “bomba” ela começou a nadar sozinha, ainda de boia de braço mas nadava sozinha. E quando dá o pulo já não seguramos, ela mergulha e se reincorpora sozinha na água. Sempre de boia de braço. Sempre com um adulto do lado acompanhando o tempo todo, mas sozinha e sem medo. Tudo isto levou 6 dias. Eu não sei se minha filha é especial por isso. Não sei se 6 dias é pouco ou muito. Para falar verdade não me interessa. O único que me interessa nessa história toda é que após tudo que ela fez nesses 6 dias, já não tem medo de entrar na água, de mergulhar, de nadar e de se divertir com o irmão e os pais na piscina da avó. Na minha vida profissional como designer eu nunca tive medo de usar cores. Sim tive receio de fazer algo errado e por isso fui estudar, estudar e estudar enquanto me embarcava em projetos que significavam bons desafios. Sim posso afirmar que vi muitos clientes com medo de usar cores. E para eles eu fui (e sou) o melhor remédio. Minhas propostas, meus convites com paletas coloridas e minha confiança lhes transmite segurança a eles. Já sei… alguém quer saber se nesse caminho de mais de 6 anos de projetos coloridos já fiz algo errado? Claro que sim. Sempre cometemos erros e deles aprendemos muito mais! Mas também tenho enormes satisfações e como exemplo vou citar o que aconteceu faz bem pouco na primeira reunião de briefing do meu último projeto de 2018, a decoração de um lindo apartamento na planta no Brooklin. Enquanto eles me mostravam referências de tudo bege, bege, bege, bege… eu comecei a realizar algumas dinâmicas com estímulos coloridos e então eles, após tanto bege…, começaram a achar bonito o que eu lhes mostrava. Ao pouco tempo, eles se surpreendiam com eles mesmos ao ver que gostavam muito das minhas propostas!!! Até que no fim um deles disse “Acho que nós não gostamos de cores porque não sabemos usar”… Voilá! O meu coração pulou! E em um instante eu pensei "Estou no lugar certo! E eles contrataram a profissional certa!”. *** O desfecho deste projeto do lindo apartamento no Brooklin que nasceu com tons terracota, azuis petróleo, verdes e cinzas (entre outros) vou lhes mostrar logo mais quando for com o meu fotógrafo de confiança registrar tão lindo trabalho (terminei de entregar na véspera do Natal portanto não deu tempo de nada antes de viajar para Argentina). O que posso lhes dizer agora é que um profissional com confiança é tudo que um cliente temeroso precisa! E pela minha experiência na Oficina da Cor há muitos profissionais que não explotam ao máximo sua criatividade ou se rendem a soluções repetidas que sabem que funcionam por medo. Sim, por medo a errar, por medo a desapontar a um cliente, por medo a não receber uma outra indicação depois, por medo a sair da zona de conforto, e porque usar cor é difícil mesmo. Isso também precisa ser dito! Usar cor é difícil tanto quanto mergulhar na água para uma criança pequena. E por isso alguns conselhos que já posso compartilhar com vocês são:

  • Se animar a sair da zona de conforto e entrar na água, ou melhor “se jogar na piscina".

  • Usar a boia de braço das cores… como um círculo cromático por exemplo para se apoiar.

  • Escutar o estímulo de quem está o nosso redor… ás vezes é o próprio cliente que nos pede um projeto colorido.

  • Treinar, treinar, treinar, olhar, olhar olhar, escolher, escolher, escolher, avaliar, avaliar, avaliar… em forma quase incansável (quem souber outra forma de ficar craque em algo me avise por favor!).

  • E então... vai nadar… vai perder o medo, vai brilhar e aflorar toda sua criatividade.

E como sempre digo, eu trabalho com interiores, mas isto se repete em outras áreas que usam cor nos projetos como design gráfico, arquitetura de interiores, consultoria de estilo, design de estampas, design de produto..., inúmeras profissões de quem temos a sorte de trabalhar com cor. Boa semana colorida! Ótimo ano de cores para todas nós! Espero acompanhá-las na jornada de perder o medo de usar cores. De coração. Abraço colorido, Felicitas.

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