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INSPIRAÇÃO em CORES

Aqui estou eu, durante a quarentena por conta do Coronavírus lendo o livro “A arte da Criatividade” de Rod Judkins e me deparo com um capítulo que trata sobre a importância do improviso para favorecer a criatividade.

Que coincidência! Eu lendo de improviso imersa em uma das situações mais imprevistas que poderia imaginar: as escolas estão fechadas, temos que ficar em casa com as crianças, o meu marido fazendo home office, eu também trabalhando de casa, o clube logo fecha e todos os serviços não essenciais também vão fechando aos poucos. De um dia para o outro passamos a viver uma guerra contra um vírus invisível, mas que mata. 

Sim, parece inacreditável. Mas está acontecendo e ao meu ver é um momento que requer muita improvisação. No livro o autor usa como exemplo de improviso o que os músicos de jazz fazem, especificamente Miles Davis quando toca junto com outras pessoas. E algumas reflexões ressoaram muito em mim.

O autor fala sobre tomar decisões sob pressão e sobre se adaptar à complexidade e à mudança constante no trabalho. E fala sobre como situações novas e desafiadores sempre exigem que improvisemos. Há no meio do texto até uma frase que é do Mike Tyson que diz “Todo mundo tem um plano até que leva um murro na boca”. Imagino que vocês concordam comigo: todos tomamos esse murro e estamos respondendo o melhor que podemos. 

Então bem, o que isso tudo tem a ver com cores? Este capítulo fecha com uma frase do Edward Hopper que diz “Eu me dou mais quando improviso”. Aí, eu curiosa como sou, fui ver quem é Edward Hopper e o Google me devolve obras de arte que logo a primeira vista mexem comigo. Há algo singular na grande maioria das suas obras. Há pessoas sozinhas, quietas, com um ar estranho, todas dentro de casa. E eu não consigo parar de relacionar o que vejo com o momento atual que estamos vivendo.

Minha curiosidade é enorme e vou ler no Wikipedia e no site www.edwardhopper.net sobre o pintor. Fico sabendo que é americano, nascido em 1882 perto de Nova York (1882 - 1967), com uma obra realista focada em retratar o dia a dia americano, seus habitantes, suas paisagens. Su obra é permeada por uma sensação de silêncio e estranhamento. Mas suas cores… ah suas cores… são lindas, brilhantes, em grandes blocos. Isso pela influência que ele teve do impressionismo quando viajou por Paris entre 1906 e 1910.


Então rapidamente escolhi as obras das quais mais gostei e fiz a leitura das cores, criando paletas coloridas para trazer um pouco de inspiração no meio desta quarentena. As cenas, como disse antes, são silenciosas, quietas, um pouco estranhas. Um enorme contraste com as cores apresentadas. Para mim esse mix retrata um pouco o momento atual: estamos em casa, longe dos nossos amigos, longe dos nossos pais... mas ainda assim há bons sentimentos em jogo. Sentimentos de união, de cooperação, de preocupação com o vizinho, de cuidado com os que estão mais próximos, de auto-cuidado.







Espero que curtam estas paletas tanto quanto eu! No fim… o improviso me levou a aprender e conhecer tudo isto sobre as obras e o pintor Edward Hopper que não conhecia.


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Acabei alimentando minha alma de novas cores.

Quero compartilhar com vocês.

Fiquem bem. Fiquem em casa 🙂  


Abraço colorido,

Felicitas


REFERÊNCIAS

As obras de Edward Hopper são (na ordem apresentadas):

- Cape Cod Morning de 1950

- Western Motel de 1957

- Night Windows de 1928

- Morning Sun de 1952

- House at Dusk de de 1935

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