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COMO COMBINAR CORES E SAIR DO BÁSICO

Todos temos uma ideia de quais cores gostamos mais e quais cores gostamos menos. "Eu adoro azul", dirão uns. "Eu não vivo sem verde", dirão outros. E há quem não resiste ao amigável laranja. Mas... o que a gente faz com uma única cor? Pouco para falar verdade. Mesmo se você decidir cair na tendência dos monocromáticos precisará usar diferentes tonalidades para dar algum movimento na composição. Caso contrário, corre altos riscos de ficar muito (mas muito) sem graça, ou o que é pior, confuso.

E não somente precisamos saber cominar cores, nos dias de hoje em que é tão valorizada a identidade visual (de pessoas, espaços, marcas e produtos) é desejável sair do básico.


O que me faz lembrar à conversa que tive esta semana com a ex-aluna da Jornada da Cor, Fê Ávila. Fernanda trabalha com gestão de imagem e comportamento e ela tem uma metodologia em que busca dar vazão ao "fator Uau" de cada pessoa, marca ou empresa com a qual trabalha [o bate papo completo está no IGTV de @coreslovers].


Depois de terminado o nosso papo fiquei pensando em uma forma de usar cores para sair do básico. E nada melhor do que mostrar possibilidades usando o kit de papéis coloridos de Cores Lovers (bônus exclusivo para os alunos do curso Jornada da Cor).


E deixa te contar como vou fazer: vou partir sempre de uma cor, tendo em mente aquela ideia que todos sabemos que gostamos muito de uma cor, essa "uma" cor será a primeira cor escolhida para a paleta de cores. A partir dela vou dar sugestões de outras cores para combinar, explicando o meu raciocínio em cada caso. Mas antes três esclarecimentos:


- para fazer estas 10 paletas coloridas vou relevar a questão de pensar no objetivo da paleta de cores, vou me centrar nas tonalidades e suas possibilidades.

- fiz todas as paletas de três cores, exceto um par que têm quatro cores, por nada especial. Geralmente me parece que três é um bom número de cores em um esquema para combinar.

- estas paletas também não consideram o efeito da proporção no uso das cores, algo que normalmente acontece mas aqui deixei de lado para, de novo, focar nas tonalidades.


Agora sim! Vamos lá.


1. Ponto de partida: laranja intenso. Aqui foi simples, busquei as cores que formam laranja (amarelo e vermelho) e em tonalidades igualmente vibrantes. Ou seja que o maior contraste é o de cor mesmo.


2. Ponto de partida: poderia ser qualquer uma das três cores. O que busquei aqui é que as cores tenham intensidade semelhante, são todas de saturação média (nem muito vibrantes, nem muito apagadas). Ao igualar as cores nesse sentido, o contraste maior é o de cores mesmo. Como podem ver é uma paleta com uma inspiração candy colors :)


3. Ponto de partida: vermelho. Aqui o primeiro que pensei foi em combinar cores igualmente escurecidas. Este vermelho não é super escurecido (o violeta acaba sendo um pouco mais) mas também não é um vermelhão vibrante. Ainda podemos pensar que vermelho + azul = violeta. Mas quer saber? Isso percebi somente agora que estou escrevendo :)


4. Ponto de partida: poderia ser qualquer uma das três cores. O que pensei aqui foi em fazer uma escala cromática mesmo. Muito na moda hoje! Fazer escala cromática sempre é uma boa saída. Veja que as cores mesmo sendo mais claras e mais escuras ainda ficam unificadas ao redor do mesmo grau de saturação.


5. Ponto de partida: comecei a pensar esta paleta com a ideia de misturar vários contrastes. Como optei por todas tonalidades de verde, não há contraste de cor mesmo, mas de tonalidades. Há contraste de mais escuro com mais claro e também de mais apagado com mais vibrante. Há bibliografia de cores que indica que este último contraste de mais apagado com mais vibrante é errado. Se me conhece um pouco, sabe o que penso disso. Nada! Tudo depende da sua intenção na hora de comunicar com cores :)


6. Ponto de partida: agora com quatro cores e uma proposta similar à anterior. A diferença aqui é que todas as tonalidades são apagadas. Há mais claras e mais escuras, mas todas são apagadas. E sim, comparativamente o laranja da esquerda é um tantinho mais vibrante do que as restantes.


7. Ponto de partida: a minha ideia era criar um contraste de temperatura. Comecei pelo azul e o primeiro que peguei foi um vermelho, no fim das contas azul e vermelho não somente contrastam na temperatura mas também no emocional por ser opostos psicológicos. Mas me pareceu muito "homem aranha" então usei o recurso do "E se... ". Sabe como funciona? É simples, eu me pergunto: "E se abrir mão do vermelho mas ainda manter a diferença de temperatura, qual cor poderia usar?". Assim cheguei a essa tonalidade entre coral e salmão. Para finalizar trouxe as tonalidades mais claras para ajudar a dar profundidade no todo.


8. Ponto de partida: queria introduzir a ideia da cor neutra que acompanha. Assim peguei esse marrom com subtom quente. Muito gostoso. Ele tem algo de alaranjado o que me levou até o azul que puxou o violeta azulado. Esta seja talvez, entre todas, a paleta mais diferente.


9. Ponto de partida: minha vontade era fazer algo com cores neutras. Preto, marrom e um laranja claro meio bege. Me pareceu elegante.


10. Ponto de partida: comecei com as duas cores escuras e busquei uma tonalidade clara que trouxesse luz. Assim cheguei até o rosa :)


Aí está: 10 formas de sair do básico, sem usar o círculo cromático e com muita, mas muita liberdade. Eu usei o kit de papéis coloridos de Cores Lovers mas você pode fazer o mesmo exercício usando lápis de cor ou canetinhas. O importante é pensar em cores e em formas de combinar cores, um exercício simples e rápido.


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Nos vemos daqui 7 dias.

Abraço colorido,


Felicitas



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