Entre tantas cores, qual escolher?
Como saber se fiz a escolha certa?
E quando devo combinar cores, qual é o segredo para criar uma paleta de cores harmoniosa?
Estas perguntas sempre estão presentes nas palestras, cursos e workshops que faço pelo Brasil. E aí pela minha experiência podem acontecer duas coisas:
1. Há quem de tantas dúvidas acaba sempre apostando nas mesmas cores já conhecidas sem arriscar nem trazer novidades.
2. Há quem de tantas dúvidas, e no fundo acho mais triste, se abstém de escolher cores e continua apostando no branco passivo nos interiores, ou no preto escondido nas roupas.
Se você se enquadra em algum destes casos, tenho 3 coisas súper importantes para compartilhar com você:
1. Eu entendo o que você está passando, eu sei o que é ficar imobilizada frente a uma dificuldade.Talvez não no mundo das cores, mas sim em outros aspectos da minha vida. O medo que nos impede de atuar não é privativo das cores. Medo é inerente a todos nós, sem exceção. Há quem pode ter medo de pintar uma parede colorida ou vestir uma calça vermelha, há quem pode ter medo de experimentar uma nova receita na cozinha, há quem pode ter medo de começar uma conversa com um desconhecido em uma festa. Diferentes medos mas muitas vezes enraizados no mesmo problema e o que considero o medo real: medo à mudança, medo ao novo. Somos pessoas de hábitos, bons ou não, mas pessoas de hábitos no fim. E toda vez que "o novo" bate à nossa porta, na verdade o que aparece é o terror. E frente a isso, não faço nada. Fico como estou. Tudo fico igual. Mais vale o mal conhecido que o bom por conhecer, certo?
Certo nada! Lembra, você não tem medo da cor. O que você tem, é medo da mudança, portanto encara a mudança com uma atitude positiva e de aprendizado e vai em frente, escolhendo novas cores para tua vida, na tua casa e nas tuas roupas.
2. Se na hora de escolher cores, você somente pensa em "cores" pois bem, pode ser de fato um tanto complicado sair do lugar em forma satisfatória. Sabe quando você vai a um restaurante e pede a carta de vinhos mas o garçom traz a carta de pratos? E você não consegue escolher vinhos olhando para a carta de pratos. É a carta errada.
Pois bem, para escolher cores você precisa olhar para a carta certa, e essa é a de emoções e sensações. Escolher cores não é sobre cores, é sobre emoções. Como eu quero me sentir em casa? Que tipo de sensações quero para o meu dormitório? Como eu quero me sentir na entrevista de trabalho? Como eu quero me sentir na primeira cita?
Como eu sempre digo por aqui: não existe emoção sem cor. E se você tem clareza respeito das emoções e sensações que quer provocar, a escolha das cores será muito mais fácil com este ponto de partida.
3. Um pouco de teoria das cores sempre cai bem. Ainda quando defendo que na escolha de cores e na hora de combinar cores há uma parte que é intuitiva e essa parte é fundamental (há também o auto-conhecimento), conhecer e dominar alguns poucos conceitos de cores como matiz, luminosidade, saturação, proporção, as relações entre as cores e a psicologia das cores, tudo isso ajudará você a se sentir confiante.
Aqui embaixo coloquei a modo de exemplo pares de cores: amarelos, laranjas, vermelhos, violetas, azuis e verdes. Todas cores deliciosas, não acham?
Vamos pensar nos amarelos que estão aqui próximos. Eu desejo usar amarelo: mas qual dos dois? São os dois amarelos mas também são diferentes. O que faz eles diferentes? Eles passam diferentes sensações e emoções, não acha? E ainda mais, normalmente usamos cores em conjunto, ou seja combinadas com outras cores: como cada um desses amarelos se comporta do lado de laranjas, violetas, azuis? ... e por ai vai. A Teoria das Cores dará a você respostas claras para estas perguntas, se é que teu conhecimento inato e intuitivo já não deu boas pistas :)
Vou deixar aqui outros pares de cores para você sentir as emoções atreladas a eles.
Escuta o que as cores têm a falar, você irá se surpreeender.
Boa semana colorida!
Felicitas :)
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