Florais em fundos escuros tal como as naturezas mortas da era de ouro holandesa, se destacam pelo tratamento da luz, e portanto pela luminosidade, às vezes parecendo até exagerada. Os exemplos atuais deste uso da cor são variados e acompanham a tendências por cores escurecidas e tonalidades ricas e intensas. Se pensamos tecnicamente, o fundo escuro gera pós imagens mais claras nas cores claras das flores ressaltando ainda mais sua luminosidade. O efeito é dramático, nobre, barroco e elegante.
Dentre os pintores da era de ouro holandesa, Jan Davidsz De Heem foi talvez um dos mais destacados pelo refinamento de suas obras que destacam a beleza da natureza e refletem o grande interesse botânico da época, retratando flores exóticas e trazidas de lugares remotos como as tulipas originalmente importadas a Europa pelos turcos em meados SXVI.
Dando um salto até o tempo atual, o artista Ted Pim pinta cenas de inspiração barroca, em fundos escuros, cores brilhantes, quase fluorescentes que em processo de derreter, provocam um efeito dramático e até sinistro.
Ashley Woodson Bailey é uma artista e fotógrafa auto-didata que cria imagens de flores que depois se tornam papéis de parede. Sua história é também de superação já que sua arte surgiu enquanto se recuperava de um acidente que a deixou 6 meses deitada na cama.
E a moda também é palco de estampas florais em fundos escurecidos. Dolce & Gabbana trouxe isso e muito mais na sua coleção New Rinascimento para Outono/Inverno 2017/2018.
A artista Kate Alarcón faz mágica com papel ao criar flores super realistas. Quando ela fotografa em fundo preto a semelhança com as naturezas mortas dos mestres holandeses é assombrosa (acima). Obra Stockage 138 da artista brasileira Luiza Simons na Galeria Carbono (abaixo).